Noel
Abilio Pacheco
Nunca entendera direito o porquê de seu nome. Na escola, as brincadeiras e gozações duravam o ano todo, mas pioravam em dezembro. Na idade adulta, uniam nome e homem, punham-lhe barba, gorro e roupas vermelhas. Nos anos em que as finanças estavam complicadas, para ganhar um extra, a solução era incorporar o bom velhinho em lojas de brinquedo e de departamento. Nesses anos, o ano novo mais lhe trazia melancolia que esperança renovada.
No último natal, não era necessário faturar um extra. Mesmo assim vestiu-se de vermelho, pôs gorro, barba, barriga, gargalhada e voz rouca. Com um saco de pano nas costas partiu rumo à carruagem com renas e anões que o esperava em frente ao shopping. Sentou-se às rédeas, disse os nomes das renas e uma por uma moveu orelhas e abriu olhos. Aí soltou a inconfundível gargalhada, brandiu a brida e adejou pelos céus de dezembro.
Para ser mais realista.
O verdadeiro sentido do Natal etá corrompido.
E Jesus?
Hoje de tarde conversei com minha namorada e perguntei a ela por que ensinava a seu filho que Papai Noel existia. Ela me respondeu que era pela fantasia alegre dessa ideia.
Bem, eu voltei novamnte a ela e perguntei: E Jesus? Ela sorriu em silêncio.
Perguntei em seguida: Por que você ensina uma coisa que não acedita?
Estas palavras são apenas para trazer um pouco mais de sentido cristão ao Natal. Pois o capitalismo está modificando coisas essenciais por comércio.
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Época de Natal, alegria para a criançada.
Para você e a familia, um grande Natal e um ano cheio de muitas emoções.
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Já estás envolvido com espírito natalino, também? :)
Gostei do conto, nada “mágico”. Uma pessoa normal e problemas do cotidiano. Ainda preciso enviar minha “cartinha” para o papai Noel, sabe lá se ele resolve me atender, não é? rsrs
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