Antonio Carlos Secchin publicou este poema para 2021. Mestre é mestre. Irônico e belo poema.
“Uma vacininha”, pelo amor de Deus!”
Clamam em conjunto crentes e ateus.
O povo na rua faz coro, pedinte:
“Vamos nos vacinar contra 2020”.
Duzentos mil mortos perturbam as finanças:
Morreram e deixaram pensões como herança.
Grana brilhando no bolso e na Bolsa;
Esse é o critério para que Deus nos ouça?
Sem crer na lei do bolso, narro:
A vida há de ser nosso bem mais caro.
Que fique então desde já decretado:
Em vez de gente, o medo será confinado.
Declaremos, contra quem nos condena,
Que não morrer vai sempre valer a pena.
E que venha a constar de todo livro:
Brasileiro bom é brasileiro vivo.
O coral da UNIFESSPA gravou esta mensagem de final de ano e recepção de 2021. Estou encantado com o que fazem nesta IFES.
Nunca Pare de Sonhar
Gonzaguinha
Ontem um menino que brincava me falou
Hoje é semente do amanhã
Para não ter medo que este tempo vai passar
Não se desespere e nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será
O Google divulgou esta semana a lista com os livros digitais e audiolivros mais vendidos do Brasil em sua plataforma. Os podcasts mais escutados no Google Podcasts também foram elencados.
Os 10 livros digitais mais vendidos em 2020 no google play
• Dois é demais para você • Toriko • Ômega Syur: A fúria dos nove • Truque de mágica • Arte da Guerra • Disciplina da mente: Seja seu diretor interior de autogerenciamento • O diário de Anne Frank • Hackademia • O criador da realidade: A vida dos seus sonhos é possível • A barraca do beijo: Ela pode dizer ao seu amigo qualquer coisa… Exceto isso
Num ano tão difícil, para dizer o mínimo, ver O diário de Anne Frank entre os mais vendidos é sintomático.
– em 1994, entrei no prédio da UFPa, campus de Marabá, pela primeira vez. Fui com meu macacão azul do SENAI junto com outros colegas.
– em 1995, ganhei medalhas de um concurso de poemas promovido pela UFPA-Marabá.
– em 1996, recebia memorando da coordenadora do campus, Professora Nilsa Brito Ribeiro, para um debate sobre produção cultural.
– em 1997, levei porrada no vestibular da UFPA e zerei a disciplina que mais amo. Ainda em 97, ingressei no curso de Licenciatura em Letras;
– em 1999, fui monitor de teoria literária, na supervisão do prof Gilson Penalva; – em 2001, ingressei no programa de Iniciação Científica, ingressando no projeto do IFNOPAP, com coordenação da professora Tania Sarmento-Pantoja;
– durante a graduação também ganhei umas medalhinhas no jogos olímpicos, na modalidade xadrez (2x primeiro e 2x segundo);
– em 2002, me formei (colei grau vestido de verde) e passei no seletivo para professor Substituto;
– ainda em 2002, iniciei a Especialização na UFPA; – em 2003, ingressei no mestrado na UFPA, Campus de Bragança, com a orientação do Professor Sílvio Holanda;
– na UFPA, também iniciei e não conclui três cursos de graduação e uma especialização;
– em 2007, ingressei no grupo de pesquisa Narrares, no qual permaneço até hoje;
– em 2009, ingressei como professor efetivo da UFPA campus do Guamá, onde desenvolvi alguns projetos dos quais me alegro e me orgulho, como os Saraus (um deles em homenagem ao professor Álvaro), a editoria da revista da faculdade e a criação do podcast de Literatura.
… Uma loooonga trajetória nesta que é a maior do Norte.
Aí veio a pandemia.
Fatores pessoais pesaram: ficar perto dos meus afetos e diminuir a carga de viagens.
… Como eu não aprendi dizer “Adeus!”, 2020 é o ano de eu dizer:
((( Até logo UFPA!!! )))
Foi um longo e intenso relacionamento. Você me encontrou garoto cheio de espinhos e me transformou no que sou hoje. Muito obrigado! Desculpe-me qualquer coisa, mas tenha certeza que mesmo nos momentos em que errei, eu tinha certeza que estava fazendo o certo e o melhor para a casa. Estarei sempre em contato com você e sempre estarei lhe revisitando. E os vínculos agora podem continuar em relações interinstitucionais.
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A fotografia é de um canteiro que fica no jardim exatamente onde era a minha sala antes de eu ir para o Doutorado. Na reforma, coincidiu de colocarem este suporte para plantas. Ficou legal. Letra “A”, mas não é nenhuma homenagem a mim. Claro!