Um poema incidental a partir da postagem de Micheliny Verunschk no twitter:
vivemos não-dias
uns sobre os outros
como fatias empilhadas
recheadas de mortes.
dormimos,
acordamos,
comemos esses não-dias.
mas há de passar.
o que não passará jamais
é a ira justa
e o nojo de quem fabrica
esses não-dias, essas fatias,
essas mortes, assassinatos…

Créditos da imagem: jornal Estado de Minas