Todos os anos Edu Krieger faz uma retrospectiva do ano que passou em forma de canção. Sempre com alguma pitada de humor e crítica. Eu nem consigo lembrar de todos esses fatos que ele apresenta, mas senti falta de referências à Amazônia, ao Pantanal, ao desmatamento e questões inerentes a estas regiões.
Segue a letra e o vídeo:
RETROSPECTIVA 2020 Edu Krieger Ninguém mais lembra Que em janeiro desse ano O governo americano Jogou bomba no Irã Que em fevereiro O Oscar foi pra "Parasita" E que o Harry acredita Que é plebeu longe do clã Que mesmo antes De chegar a Pandemia Tinha caos na economia E o PIB virou piada E o Paulo Guedes Perdidaço no Planalto Queria o dólar alto E a Disney sem empregada Teve PMs Em greve no Ceará E o Cid Gomes pra ajudar Passou por cima com trator Rio de Janeiro bebeu água com geosmina E chegava lá da China Algo bem assustador 11 de março E o planeta ficou louco Todo mundo no sufoco Sem saber bem o que vinha Caos na saúde A curva teve seu início E por aqui um estrupício Falava em gripezinha As olimpíadas De Tóquio adiadas Na internet enxurradas De lives por toda parte Comércio fecha E a arte sem estrutura, Pois frente à cultura Estava Regina Duarte E confinados Nossa vida se refez Viramos todos BBBs Viva Thelminha e Babu Mas o reality Racista continua Na internet em plena rua No esporte no Carrefour O Sérgio Moro Em campanha pra presidente Decidiu largar na frente E arrumou treta com Jair E o presidente cagando pra Pandemia Quanto mais gente morria Mas dizia e daí? A Cloroquina Receitada sem critério Reunião do ministério Escancarando a sordidez Queiroz foi preso Não tem mais Anjo nenhum Calma filhinho Zero Um Já vai chegar a sua vez. E enquanto o mundo Fugia dos perdigotos A nuvem de gafanhotos Quase invade o Brasil Ciclones, bombas Em pleno sul varrendo casas Pantanal virando brasas E Beirute explodiu A cobra naja Se livrou de uma roubada E a Ema da Esplanada Atacou o Bolsonaro Na rara nota De duzentos quem está É aquele tal lobo-guará Porque também é bicho raro Foi home office E ensino à distância Delivery, inconstância E haja vídeo conferência Muito álcool em gel E todo mundo mascarado Menos quem serve de gado E não confia na ciência Feminicídio Aumentou na pandemia Uma juíza outro dia E amanhã mais um relato Esse é o retrato De um país onde o Robinho É tratado com carinho Por quem cuida de contrato Moraes Moreira E o país trajando luto Se lembrou do absoluto E incomparável Aldir Blanc Nicette Bruno Abraçou Paulo Goulart E Maradona foi brilhar Dando seu derradeiro arranque Ouvi dizer Que som de um tango de Gardel O craque adentrou o céu E encontrou Louro Tom José E o papagaio Já mandou de bate-pronto Dieguito nem te conto Deus é fã do Rei Pelé Donald Trump Deu vexame eleitoral E o Bolsonaro ficou mal, Pois tem por ele amor eterno Alguns países Começaram a vacinar E o apagão no Amapá Resume bem nosso governo Papai Noel Trouxe um presente pro Crivella Que tornozeleira bela Numa noite tão feliz Pode ensaiar O pas de deux de "O quebra nozes" Vou cantar em duas vozes Com a pastora Flordelis Alinhamento De Júpiter com Saturno Trazendo a troca de turno De 20 pra 21 Ano que vem Pode voltar tudo ao normal Não quero um ano especial Quero seja bem comum Que essa vacina Possa ser tomada antes De chegarem variantes Anda logo Pazuello Muita saúde Com amor sem pandemia Aglomera de alegria, 21, prazer em vê-lo!